Aula Inaugural em 17 de outubro (foto: Secom Araras) |
Veja abaixo, na íntegra, matéria publicada pela Secretaria de Comunicação de Araras e assista ao vídeo reportagem da TV Opinião de Araras: clique aqui
Prefeitura apresenta Programa de Estágio Social
Projeto, que é uma reformulação do PCT – Programa de Capacitação ao Trabalho (Cidade Verde), será dividido em três níveis, conforme a escolaridade dos beneficiados
17/10/11 às 18:40
A Prefeitura Municipal de Araras, em parceria com a Aehda (Associação de Educação do Homem de Amanhã de Araras), lançou nesta segunda-feira (17) o Programa Municipal de Estágio Social, que é uma reformulação do PCT – Programa de Capacitação ao Trabalho (Cidade Verde).
O evento contou com a presença do prefeito Dr. Nelson Dimas Brambilla, do secretário Municipal de Ação e Inclusão Social José Olavo Paganotti e do vereador Breno Cortella.
O projeto, instituído pela Lei nº 4.412, de 18 de julho, será aplicado de acordo com o nível de escolaridade dos beneficiados. O Governo de Araras baseou a reformulação na lei que norteia o estágio para estudantes, com ou sem remuneração. É dessa lei que nasceram dois programas distintos, preparados conforme o nível de escolaridades dos bolsistas: o Programa de Incentivo à Alfabetização, que envolve bolsistas cursando o ensino fundamental, e o Programa de Capacitação para o Trabalho com Estágio, com bolsistas que estão cursando o ensino médio.
Dos 542 bolsistas que participam do programa, 347 cursam o ensino fundamental e participam do Programa de Incentivo à Alfabetização, 131 já possuem ensino médio completo e realizam cursos de capacitação na Associação Vida Nova e participam do projeto Pró-emprego; e outros 64 bolsistas que cursam o ensino médio entrarão para o programa de estágio que terá início já na próxima segunda-feira (24).
De acordo com o secretário municipal de Ação e Inclusão Social, José Olavo Paganotti, o projeto permite o estágio somente aos bolsistas que estejam cursando o ensino médio ou a EJA (Educação de Jovens e Adultos).
“O bolsistas beneficiados irão realizar estágio na Prefeitura na área administrativa e, além disso, irão dividir seu tempo em cursos de capacitação ministrados pela Aehda. O estágio compreende quatro horas semanais, somando-se 20 horas semanais de trabalho com remuneração de um salário mínimo (R$ 545,00) mais cesta básica”, afirma Olavo.
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Geração de Emprego e Renda, em parceira com a Associação Vida Nova, realizará cursos de capacitação aos 131 bolsistas que terão a oportunidade de participar de cursos diversos desde manicure até culinária e corte e costura.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geração de Emprego e Renda, Leonardo Dias, o objetivo dos cursos é direcionar esses trabalhadores para o mercado de trabalho.
“Com a Associação Vida Nova, pretendemos capacitar esses bolsistas para áreas carentes de profissionais na cidade. É uma forma de unir a demanda do mercado de trabalho com a necessidade de trabalho dessas pessoas”, disse o secretário.
Presente na apresentação do programa, o prefeito Nelson Dimas Brambilla deu as boas vindas aos novos estagiários que ingressarão em uma nova etapa a partir da próxima semana.
“Diferente do antigo projeto, esse novo programa tem por finalidade dar uma oportunidade de emprego com qualidade aos bolsistas. Além de trabalharem estagiando dentro da prefeitura, vocês terão a capacitação necessária para enfrentar o mercado de trabalho e saírem desse programa com a carteira de trabalho assinada e emprego garantido”, disse o prefeito.
Estágio Social
Os 64 bolsistas do PCT (Programa de Capacitação Para o Trabalho) que estão cursando o ensino médio ingressarão no estágio já na próxima semana. Além de trabalharem na área administrativa da prefeitura, os estagiários participarão de curso de capacitação que será ministrado na Aehda (Associação de Educação do Homem de Amanhã de Araras).
As aulas acontecerão nos períodos da manhã e tarde sempre às segundas-feiras e às quartas-feiras. Serão divididas 4 turmas de aluno que seguirão curso baseado no Plano de Capacitação para Atividade de Estágio, que está prescrito na Lei nº 11.788/2008, que é a Lei do Estágio.
O curso será dividido em duas áreas de desenvolvimento: técnico e humano. O desenvolvimento compreende noções de informática, operação de atividades administrativas, formulação de planilhas e relatórios. Já no desenvolvimento humano os alunos aprenderão noções de comportamento e relações sociais.
Para o gerente de formação e desenvolvimento, Jorge Gonzaga de Oliveira, o curso se adequa à nova realidade da educação que permite maior participação do aluno.
“O sucesso do curso dependerá muito do desempenho dos próprios alunos que terão que participar das aulas, questionando e mostrando interesse. A educação atualmente funciona em mão dupla, com participação efetiva de 50% do professor e 50% do aluno”, afirma Oliveira que atua na Aehda.
A capacitação será dividida em módulos que compreenderão conhecimentos gerais sobre as funções de auxiliar administrativo (atendimento ao público, relacionamento e formulação de planilhas), recepcionista (atendimento telefônico e ao público), auxiliar de almoxarife (controle de estoque) e informática (relatórios, formulários e planejamento e organização de arquivos).
Damiana Maria da Silva, 31 anos, beneficiária do programa, aprovou a iniciativa que dará conhecimento e melhores condições de emprego aos bolsistas.
“Esse programa de estágio é melhor que o antigo Cidade Verde, porque além de segurança, dará também conhecimento, que abrirá portas para novas oportunidade de emprego. Não tive essa chance quando jovem e estou entusiasmada com mais esse desafio”, afirma Maria Cláudia.
No final do evento todos os bolsistas foram chamados para definição do local onde irão estagiar.
Histórico
O PCT – Cidade Verde foi instituído pela Lei nº 3.403, de 27/06/2002, com o objetivo de proporcionar capacitação profissional, ocupação e renda para munícipes de todas as idades, integrantes da parte da população desempregada, residente e domiciliada no município de Araras há mais de três anos.
No início, a permanência no programa era por um período de 12 meses, prorrogável por mais 12 meses; com jornada de 24 horas por semana e um dia em atividades didáticas. Anos depois, em 2007, a jornada foi revista para 16 horas semanais. E, no mesmo ano, optou-se por renovar a participação do bolsista a cada 12 meses, eliminando a exclusão por tempo de projeto.
No entanto, o Ministério Público do Trabalho exigiu, por meio de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), que o PCT fosse extinto, com a contratação de servidores para a Prefeitura apenas por concurso público, uma vez que os bolsistas vinham realizando tarefas que não condiziam com a finalidade do programa.
Como o TAC não foi cumprido, em abril de 2010, a atual administração conquistou um novo prazo: até 30 de março de 2011 para dar um novo rumo ao programa.
Horácio Busolin Júnior/ Secom
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